A confiança global nos EUA está sendo abalada. Temor de que os EUA estejam “virando um emergente”
- Neto Fortt
- há 4 dias
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Esse texto de Neto Fortt descreve uma semana extremamente volátil e caótica em Wall Street, marcada por oscilações violentas nos mercados e por um novo tipo de medo entre investidores — não mais apenas uma recessão, mas uma possível crise financeira sistêmica. A seguir, te explico os pontos principais:
📉 O que aconteceu?
O mercado americano, especialmente o S&P 500, teve oscilações intensas: subiu mais de 5% na semana, mas com movimentos bruscos e contraditórios.
Títulos do Tesouro (considerados ativos seguros) passaram a ser vendidos com força, o que fez os juros dispararem. Isso é muito incomum, pois em momentos de medo, esses títulos geralmente sobem (com os juros caindo).
Alto volume de negociações: mais de 30 bilhões de ações trocadas em um único dia, o maior volume desde 2008.
⚠️ Qual foi o novo medo?
Não é mais apenas recessão que preocupa, mas:
“Uma crise financeira completa”, nas palavras de Ed Al-Hussainy.
Isso porque:
A alta volatilidade está secando a liquidez do mercado.
As decisões abruptas do governo Trump (tarifas e pausas) estão ameaçando o status dos EUA como porto seguro no sistema financeiro global.
Investidores começaram a sair dos ativos americanos, principalmente fundos estrangeiros que aplicavam em ações e títulos dos EUA.
🧠 Como os profissionais estão reagindo?
Alguns, como Ed Al-Hussainy, simplesmente deixaram os computadores e foram beber cerveja — porque o mercado estava sendo dominado por algoritmos, sem o que fazer.
Outros, como o analista da Nomura, disseram que é tanta saturação de alertas e risco que parece uma explosão de dopamina e estresse.
Um gestor da Tudor Investment perdeu US$ 140 milhões em abril.
💸 Comportamento típico de mercado emergente
O que mais assustou:
A venda simultânea de dólar e de títulos do Tesouro, algo típico de países instáveis (como mercados emergentes).
Ativos como ouro, iene e franco suíço subiram — sinais de busca por proteção fora dos EUA.
O euro atingiu o maior nível em 3 anos.
🏛️ E o FED?
Susan Collins (Fed Boston) disse que o banco central está pronto para intervir se os mercados ficarem desordenados.
Mas, até o momento, acredita que está tudo sob controle.
📊 Conclusão
Apesar da alta do S&P 500 e da entrada de dinheiro nos títulos do Tesouro por investidores locais, o mercado está mandando um recado claro:
A confiança global nos EUA está sendo abalada.
Se essa desconfiança for passageira ou estrutural, ainda é uma dúvida — mas o temor de que os EUA estejam “virando um emergente” (em termos de instabilidade de mercado) assustou profundamente os investidores.
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