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Céticos de Wall Street Ficam de Fora da Recuperação em Meio a Preocupações com Dados Econômicos



Apesar da forte recuperação dos mercados financeiros nesta semana, alguns dos principais analistas e investidores de Wall Street permanecem cautelosos, preocupados com sinais silenciosos, mas persistentes, de que os danos da nova guerra comercial impulsionada por Donald Trump podem ser mais profundos do que aparentam.

Enquanto o S&P 500 agora está menos de 3% abaixo dos níveis observados antes da imposição das tarifas no chamado “Dia da Libertação”, analistas como Michael Mullaney, chefe de pesquisa da Boston Partners, permanecem reticentes. Em vez de celebrarem a alta, Mullaney e outros céticos concentraram-se em indicadores de alta frequência, como a queda no volume de remessas portuárias em Los Angeles, o declínio das viagens turísticas e a diminuição dos gastos em setores-chave do consumo.

"Isso não vai desaparecer em 90 dias", alerta Mullaney, reforçando sua visão de que o impacto econômico será duradouro, independentemente da flexibilidade momentânea da Casa Branca nas tarifas.


Sinais de Alerta Vindos dos Bastidores

Outros nomes de peso, como Torsten Slok da Apollo Global Management e Danielle DiMartino Booth da QI Research, também estão atentos aos dados fora do radar principal:

  • Diminuição no número de navios porta-contêineres partindo da China para os EUA.

  • Alta nos índices de famílias buscando aconselhamento sobre falências.

  • Queda no número de visitantes internacionais, afetando setores de serviços e consumo.

Esses dados, ainda que discretos, reforçam a tese de que a economia americana pode estar enfrentando uma desaceleração mais severa do que os números tradicionais sugerem.

Enquanto isso, a valorização do Bitcoin acima de US$ 95.000 e a forte entrada de capital em fundos de risco indicam um aumento do apetite por ativos arriscados — cenário que, para os céticos, pode ser apenas um voo temporário em meio a fundamentos frágeis.


Sentimento de Consumo em Queda e Perspectiva de Recessão

Indicadores tradicionais também reforçam a preocupação: o sentimento do consumidor americano atingiu seu nível mais baixo em décadas, com expectativas de inflação de longo prazo voltando a subir. Segundo uma pesquisa da Bloomberg, a probabilidade de recessão nos EUA nos próximos 12 meses subiu para 45%, contra 30% no mês passado.

Danielle DiMartino Booth alerta: “Os padrões de crédito estão ficando mais rígidos, os pedidos de hipotecas e refinanciamentos estão sendo rejeitados, e não há estímulos fiscais relevantes para compensar.” Sua recomendação é clara: foco em ações defensivas e títulos de alta qualidade.


Otimismo versus Realidade: O Debate Continua

Parte do otimismo recente foi alimentado por sinais de que Trump estaria reconsiderando medidas mais extremas — como a possível redução de tarifas sobre a China e a manutenção de Jerome Powell à frente do Federal Reserve. Contudo, declarações contraditórias tanto de Trump quanto do secretário do Tesouro, Scott Bessent, trouxeram incerteza, deixando o mercado em um vaivém de expectativas.

Cliff Hodge, da Cornerstone Wealth, resume a cautela: "Muitos dos dados de alta frequência apontam para uma desaceleração econômica. Ainda é cedo para cravar uma recessão total, mas os sinais são consistentes demais para serem ignorados."

Conclusão: Enquanto boa parte de Wall Street surfa na onda da recuperação, os analistas mais atentos aos dados silenciosos preferem manter o pé no freio, temendo que o impacto da guerra comercial de 2025 ainda esteja apenas começando a se manifestar.


 
 
 

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