O que a nova tarifa de Trump significa para o comércio e a economia
- Neto Fortt
- 27 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

Os EUA adotaram tarifas de importação pesadas ao longo de sua história, mas começaram a abandonar essa política na década de 1930 com a ascensão do livre comércio. Durante o governo Trump (2017-2021), as tarifas voltaram como estratégia para proteger a manufatura americana e combater práticas comerciais desleais, especialmente da China. Biden, seu sucessor, manteve muitas dessas tarifas.
Trump, agora eleito, propõe tarifas de 60% sobre bens chineses e 20% sobre outros países, o que seria um aumento drástico. Ele também sugere medidas adicionais contra México e Canadá, e Países do Brics como o Brasil causando instabilidade nos mercados globais.
Tarifas funcionam como impostos sobre importações, pagos por importadores, que geralmente repassam os custos aos consumidores. Embora tenham como objetivo incentivar a produção local, também podem levar a retaliações, aumentar preços e reduzir empregos em outros setores.
Historicamente, tarifas já representaram boa parte da receita dos EUA, mas hoje têm impacto limitado. A política tarifária foi reformulada ao longo do tempo para fortalecer o comércio internacional, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, a ascensão econômica da China trouxe novos desafios, incluindo acusações de violações das regras de livre comércio.
As tarifas de Trump e Biden aumentaram custos para consumidores e empresas, com estimativas de que adicionaram 0,1% à inflação e aumentaram as despesas anuais das famílias americanas em US$ 625. Economistas alertam que novos aumentos podem ter impactos econômicos negativos, incluindo queda no PIB e perda de empregos.
O que Neto Fortt diz?
Tarifas Inflacionárias: Um Novo Desafio para o FED e os Mercados
As tarifas propostas por Trump podem gerar pressões inflacionárias, já que aumentam os custos de importação e, muitas vezes, esses custos são repassados aos consumidores. Além disso, setores que dependem de insumos importados também enfrentam custos mais altos, impactando os preços finais. Se não houver oferta doméstica suficiente para substituir os bens tarifados, a escassez pode intensificar esses aumentos.
Esse cenário representa um desafio para o Federal Reserve (FED), cujo foco tem sido reduzir a inflação por meio de políticas monetárias restritivas. Tarifas adicionais podem contrariar esses esforços, dificultando o controle dos preços.
Para os traders, o impacto é duplo: além de uma possível reação negativa nos mercados financeiros devido à instabilidade, as tarifas podem afetar o desempenho econômico geral, o que reduz o apetite por risco e afeta os ativos mais sensíveis às mudanças macroeconômicas.
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